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CURSO

Leitura das Previsões de onda

Vermes Marinhos

Atualizado: 24 de fev. de 2022

Todo ano, cerca de 15 mil novas espécies marinhas são descritas! Existem diversas regiões do oceano ainda pouco exploradas, mas espécies completamente desconhecidas pela ciência são encontradas até em praias e recifes de corais.


Nos últimos 10 anos, eu (@magalhaeswf) descrevi mais de 40 novas espécies de poliquetas encontrados em ambientes rasos (como Praia da Ribeira e Itapuã em Salvador) a até 3.000 m de profundidade (Cânion submarino na Califórnia).


Esses vermes marinhos que você vê nas fotos são ‘primos’ das minhocas e são extremamente diversos em cores, formas corporais, estratégias para capturar alimento e na forma em que se reproduzem.


Como taxonomista nós descobrimos, catalogamos e descrevemos novas espécies. Depois de coletados e separados do seu habitat (areia, embaixo de rochas, entre corais, algas, e esponjas), os poliquetas são observados utilizando diversos equipamentos, como lupas, microscópios óticos e microscópios eletrônicos.


Esses equipamentos são necessários para observarmos tanto as estruturas externas como internas sob diferentes aumentos (até 20.000 vezes!). Algumas vezes precisamos extrair e sequenciar fragmentos do DNA para auxiliar na classificação e entendimento da relação entre os vermes com aparências similares.


Essa pesquisas são extremamente importantes para o conhecimento dos nossos ecossistemas. Sabendo quais espécies ocorrem em um determinado local cria subsídios para diversos outros estudos aplicados, como pesquisas sobre efeitos da poluição marinha e de desenvolvimento de novos medicamentos baseados em animais marinhos.


É preciso conhecer a nossa biodiversidade para conservá-la!


Escrito por @magalhaeswf


Wagner Magalhãesoceanógrafo formado pela UFBA, com doutorado em Zoologia Marinha pela Universidade do Havaí nos EUA e, atualmente, é Professor Adjunto na Universidade Federal da Bahia.


Fotos de Wagner Magalhães


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