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CURSO

Leitura das Previsões de onda

Áreas Marinhas Protegidas

Atualizado: 24 de fev. de 2022

O que são Áreas Marinhas Protegidas?

A criação de Áreas Marinhas Protegidas (AMPs) - áreas geograficamente definidas no oceano designadas para conservação - é considerada como uma das estratégias mais efetivas para a proteção da biodiversidade e dos ecossistemas marinhos.


Áreas Marinhas Protegidas do Brasil

Em março de 2018, o governo brasileiro criou quatro das maiores AMPs do oceano Atlântico, cobrindo uma área total de aproximadamente 925.000 km2. Com isso, a extensão de áreas marinhas protegidas no país aumentou de 1,5% para 25%, o que superou os 10% estabelecidos pela meta de Aichi 11 da Convenção sobre Diversidade Biológica - convenção internacional da qual o Brasil é signatário.


Atualmente, essas quatro AMPs representam mais de 93% da área total protegida no Brasil, mas apenas 12,6% delas são de proteção integral (Monumento Natural – MONA), enquanto os 87,4% restantes são APAs (Áreas de Proteção Ambiental), categoria menos restritiva e sem evidências de efetividade na conservação da biodiversidade.


As novas Áreas Marinhas Protegidas são efetivas?

Além disso, essas áreas de proteção integral recentemente criadas cobrem principalmente áreas profundas e de oceano aberto, com menor necessidade de proteção imediata, dominadas por espécies altamente móveis, como tubarões, dourados, atuns e cavalas, que não são protegidas efetivamente por esse tipo de estratégia.


Por fim, essas novas AMPs fazem número em extensão global de áreas marinhas protegidas, mas não promovem os objetivos de conservação. Para uma proteção eficiente dos ambientes marinhos e suas espécies é preciso considerar aspectos importantes de como as AMPs se conectam (conectividade), quais são os ecossistemas que elas protegem (representatividade) e quanto de cada ecossistema está protegido (equitatividade) – além, é claro, de fiscalização adequada.


Precisamos estar atentos para não comprar gato por lebre, enquanto as áreas marinhas de proteção prioritária ficam desprotegidas.


Foto de @tiagooceano



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